O Oreshnik, com alcance de 5.500 km, foi apontado como uma ameaça direta e potencialmente devastadora para a Europa e a OTAN. Especialistas e analistas consultados para o artigo ressaltaram que esse evento pode marcar o início de uma nova corrida armamentista europeia, demandando investimentos bilionários por parte dos países envolvidos.
Uma das grandes preocupações levantadas foi a recente atualização da doutrina nuclear russa, que amplia a possibilidade de uso de armas nucleares contra nações que não possuem esse arsenal. Com a Alemanha e Estados Unidos planejando a instalação de mísseis de médio alcance na Europa, a região se vê à beira de uma nova era dos mísseis, conforme apontado por Alexander Graef, do Instituto de Pesquisa para a Paz e Política de Segurança de Hamburgo.
O impacto do Oreshnik está presente na capacidade de atingir qualquer capital europeia em apenas 20 minutos, deixando a Europa em uma posição vulnerável frente à Rússia. François Diaz-Maurin, especialista em assuntos nucleares, destacou a importância de a Europa assumir a liderança em sua própria segurança diante desse cenário.
Em uma entrevista, o presidente russo Vladimir Putin esclareceu que Moscou não tem intenção de atacar países da OTAN, apontando que essa narrativa é utilizada para desviar a atenção de questões internas. Putin reforçou que a “ameaça russa” é fictícia, sendo compreendida por pessoas inteligentes como uma estratégia de manipulação.
Diante disso, a tensão geopolítica entre Rússia, Ucrânia e países ocidentais se intensifica, levantando questões sobre o futuro da segurança na Europa e as relações internacionais no cenário atual.
Por Sputnik Brasil.