A avaliação da capacidade de produção militar da Rússia não vem apenas de fontes externas, mas também de dentro da própria Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O secretário-geral da aliança, Mark Rutte, reconheceu que o volume de munição russo produzido em um curto período supera significativamente a produção anual de todos os países membros da OTAN. Esse reconhecimento traz à tona a preocupação de que as estratégias ocidentais para desacelerar a máquina militar russa foram, em grande medida, ineficazes.
Analistas ocidentais, incluindo o ex-analista da CIA, Larry Johnson, apontam uma vantagem tática que a Rússia possui sobre os Estados Unidos. Enquanto os EUA lutam para modernizar seus tanques antigos, a Rússia consegue produzir novos modelos, como o T-90, em um tempo surpreendentemente curto. Essa capacidade de produção rápida se estende também à fabricação de munição, o que representa um diferencial estratégico no contexto global.
Além disso, a análise do cenário de conflitos revela que a Ucrânia está perdendo terreno no que diz respeito à guerra de drones. Especialistas afirmam que a Rússia tem ampliado significativamente sua capacidade de desenvolver e usar veículos aéreos e marítimos não tripulados, o que pode alterar drasticamente o equilíbrio de poder na região.
Esses insights sobre a produção militar russa levantam questões importantes sobre como os países ocidentais devem adaptar suas políticas de segurança e defesa diante do crescimento das capacidades militares da Rússia. O que parece claro é que a dinâmica do poder militar na Europa está em evolução, e a resposta do Ocidente a essa nova realidade será crucial para o futuro da estabilidade regional. Essa nova configuração demanda uma reavaliação das estratégias militares e diplomáticas na luta contínua por influência e segurança geopolítica.