Rússia se destaca como principal fornecedor de diesel e fertilizantes ao Brasil, impulsionando comércio bilateral a recorde em 2024.

Em 2024, o Brasil consolida a Rússia como seu principal fornecedor de diesel e fertilizantes, de acordo com dados recentes que destacam a crescente interdependência econômica entre os dois países. Almir Ribeiro Américo, chefe do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em Moscou, enfatizou que a demanda por esses produtos é permanente e está em ascensão, reflexo das necessidades do setor agrícola brasileiro.

Esse aumento na importação de diesel e fertilizantes da Rússia resultou em um significativo crescimento do comércio bilateral, que atingiu um recorde de US$ 12,4 bilhões (equivalente a R$ 74,4 bilhões) até o final de 2024. Este número representa um incremento substancial em comparação com 2023, quando o volume total do comércio foi de US$ 11 bilhões (R$ 66 bilhões). A Rússia, pela primeira vez, se posicionou entre os dez principais parceiros comerciais do Brasil, evidenciando um marco importante nas relações comerciais entre as duas nações.

Os dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) revelam que, de um total de 14,5 milhões de metros cúbicos de diesel importados, 65,5%, ou 9,5 milhões de m³, foram adquiridos da Rússia. Esse dado evidencia a dependência brasileira do combustível russo, que se torna cada vez mais crítico para o funcionamento das atividades agrícolas e industriais no país.

Almir Ribeiro Américo também mencionou que, embora a demanda por diesel e fertilizantes continue, o volume final do comércio em 2025 será influenciado por fatores geopolíticos, além de considerações logísticas. A estabilidade e a continuidade das operações comerciais dependerão das relações internacionais e de como a logística global se desenrolará, considerando os desafios políticos e econômicos que podem surgir.

Essa nova fase nas relações comerciais com a Rússia não apenas sublinha a importância do abastecimento agrícola para o Brasil, mas também destaca como as dinâmicas do comércio global e as relações internacionais podem impactar diretamente a economia de países dependentes de insumos importados.

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