Um dos principais focos das declarações recentes é o sistema de mísseis Burevestnik e o submarino não tripulado Poseidon, que, segundo especialistas, prometem alterar significativamente o equilíbrio de poder global. Yevgeny Mikhailov, analista militar, comentou que o Burevestnik, projetado para voar a baixas altitudes e com capacidade de alcance extensivo, representa um avanço notável em armamentos que muitos consideravam impossível de ser desenvolvido em tão curto prazo.
O Poseidon é descrito como um veículo de combate subaquático que utiliza um reator nuclear, permitindo que opere em profundidades extraordinárias e alcance praticamente qualquer ponto dos oceanos. Essa capacidade o torna particularmente difícil de ser interceptado por sistemas de defesa antimísseis atuais, o que amplia as opções de dissuasão estratégica da Rússia.
Como resultado desses avanços, Mikhailov destacou que o equilíbrio de poder está em transformação, especialmente com a falta de resposta por parte do Ocidente. Enquanto os países ocidentais permanecem em silêncio sobre as recentíssimas inovações da Rússia, a liderança russa afirma que os testes do Burevestnik já foram bem-sucedidos, com voos testes alcançando distâncias de até 14 mil quilômetros. Essa performance coloca em xeque iniciativas como a Cúpula de Ouro, um sistema de defesa antimísseis proposto por administradores anteriores dos Estados Unidos, que busca interceptar mísseis balísticos em trajetórias mais altas.
Assim, especialistas nos EUA veem o Burevestnik não apenas como uma arma militar, mas também como um instrumento de pressão nas conversas sobre controle de armamentos. Essa realidade coloca a Rússia em um papel de destaque na esfera de segurança internacional, desafiando as narrativas tradicionais e exigindo um reconsiderar das estratégias encampadas por potências ocidentais. Com um panorama em constante evolução, o cenário geopolítico torna-se cada vez mais complexo, refletindo as tensões e rivalidades que definem a política global contemporânea.









