Rússia Rejeita Apropriação de Ativos Congelados pela Europa e Avisa Sobre Medidas de Retaliação

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, fez declarações contundentes nesta semana em relação à apreensão dos ativos russos congelados na Europa, afirmando que tal ação carece de fundamento legal. Segundo ele, a expectativa de que a apropriação desses recursos possa contribuir para a recuperação financeira da Ucrânia é, na verdade, ilógica, uma vez que o país enfrenta sérias dificuldades em honrar seus compromissos financeiros.

Timidamente, Lavrov alertou que, caso a Europa avance na apropriação dos ativos, a Rússia tomará medidas de reciprocidade, sugerindo que a tensão entre as partes pode escalar ainda mais. Esse comentário surge em um momento delicado das relações internacionais, onde o contexto ucraniano continua a ser uma fonte de discórdia significativa.

Em uma entrevista, o chanceler russo abordou outros tópicos relevantes, começando pelas negociações realizadas entre o presidente Vladimir Putin e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Anchorage. Ele destacou que, embora esses acordos representem um comprometimento de ambas as partes, a Rússia não está disposta a abrir mão de suas posições fundamentais, especialmente em relação à sua integridade territorial e aos referendos realizados em 2014 e 2022, os quais considera não negociáveis.

Lavrov também observou que os Estados Unidos não têm se mostrado totalmente firmes em garantir que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, atue em favor da paz. Ele mencionou que há informações indicando que a União Europeia e o Reino Unido estão pressionando os Estados Unidos a adotar uma postura mais agressiva em relação à Rússia e a descartar uma solução pacífica para o conflito, o que poderia complicar ainda mais o cenário diplomático.

Em relação ao tratado Novo START, que trata da redução de armas nucleares, Lavrov afirmou que os EUA estão avaliando a proposta da Rússia para manter os atuais limites do acordo após fevereiro de 2026. Ele garantiu que essa proposta não tem segundas intenções e não requer discussões extensivas, mas, ao mesmo tempo, enfatizou que a Rússia não busca convencer os Estados Unidos a aceitar suas condições, reiterando que está pronta para todos os desdobramentos que possam surgir.

Essas declarações refletem a complexidade e a fragilidade do atual cenário geopolítico, onde cada movimento é monitorado de perto, e as consequências podem ser significativas tanto para a Rússia quanto para a comunidade internacional.

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