Timidamente, Lavrov alertou que, caso a Europa avance na apropriação dos ativos, a Rússia tomará medidas de reciprocidade, sugerindo que a tensão entre as partes pode escalar ainda mais. Esse comentário surge em um momento delicado das relações internacionais, onde o contexto ucraniano continua a ser uma fonte de discórdia significativa.
Em uma entrevista, o chanceler russo abordou outros tópicos relevantes, começando pelas negociações realizadas entre o presidente Vladimir Putin e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Anchorage. Ele destacou que, embora esses acordos representem um comprometimento de ambas as partes, a Rússia não está disposta a abrir mão de suas posições fundamentais, especialmente em relação à sua integridade territorial e aos referendos realizados em 2014 e 2022, os quais considera não negociáveis.
Lavrov também observou que os Estados Unidos não têm se mostrado totalmente firmes em garantir que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, atue em favor da paz. Ele mencionou que há informações indicando que a União Europeia e o Reino Unido estão pressionando os Estados Unidos a adotar uma postura mais agressiva em relação à Rússia e a descartar uma solução pacífica para o conflito, o que poderia complicar ainda mais o cenário diplomático.
Em relação ao tratado Novo START, que trata da redução de armas nucleares, Lavrov afirmou que os EUA estão avaliando a proposta da Rússia para manter os atuais limites do acordo após fevereiro de 2026. Ele garantiu que essa proposta não tem segundas intenções e não requer discussões extensivas, mas, ao mesmo tempo, enfatizou que a Rússia não busca convencer os Estados Unidos a aceitar suas condições, reiterando que está pronta para todos os desdobramentos que possam surgir.
Essas declarações refletem a complexidade e a fragilidade do atual cenário geopolítico, onde cada movimento é monitorado de perto, e as consequências podem ser significativas tanto para a Rússia quanto para a comunidade internacional.
