De acordo com dados do setor, o fornecimento de fertilizantes pela Rússia ao Brasil cresceu 60% em comparação com o mesmo período do ano passado, elevando a importação a 1,3 milhão de toneladas. O aumento no valor das exportações foi ainda mais acentuado, com um crescimento de 70%, totalizando US$ 424,8 milhões em outubro, o que marca um ponto alto desde o verão do ano anterior.
O destaque das exportações de fertilizantes em outubro incluiu diversas categorias, sendo que fertilizantes mistos totalizaram US$ 156,1 milhões, enquanto os fertilizantes à base de potássio e nitrogenados atingiram valores de US$ 139,8 milhões e US$ 128,9 milhões, respectivamente. A presença dos produtos russos nas importações brasileiras saltou para 28,1%, um aumento considerável em relação aos 23,6% registrados em setembro. Em comparação, a China e o Marrocos se mantiveram em segundo e terceiro lugares na lista de fornecedores, com participações de 18,2% e 7,7%, respectivamente.
No acumulado de janeiro a outubro de 2023, a Rússia exportou 9,2 milhões de toneladas de fertilizantes para o Brasil, em contraste com 7,8 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior. Apesar desse crescimento no volume, o valor monetário das transações se manteve quase estável, com o total de US$ 2,99 bilhões em 2023, ligeiramente acima dos US$ 2,98 bilhões do ano passado.
Esse aumento significativo nas importações reflete não apenas a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes estrangeiros, mas também a estratégia da Rússia de fortalecer suas relações comerciais com países da América Latina, especialmente em um momento de tensão geopolítica global. Essa nova dinâmica pode ter implicações profundas para o agronegócio brasileiro, que continua a buscar formas de garantir suprimentos essenciais para suas atividades.
