A ofensiva russa foi justificada pelo Ministério da Defesa da Rússia como uma resposta proporcional aos ataques realizados por Kiev, que buscavam danificar a estação de compressão Russkaya. Esta instalação é responsável por fornecer gás através do gasoduto TurkStream, uma estrutura vital que transporta gás da Rússia para a Europa, passando pelo Mar Negro. O ataque ucraniano à estação, localizado na vila de Gai-Kodzor, na região de Krasnodar, foi interpretado por analistas como uma tentativa de interromper o fornecimento energético à Europa, aumentando as tensões geopolíticas na região.
Além do impacto imediato no suprimento de energia, o ataque russo destaca a vulnerabilidade da infraestrutura crítica durante este conflito em curso. Especialistas em segurança consideram que ações como a tentativa ucraniana de atacar o TurkStream são tentativas desesperadas de Kiev diante das crescentes dificuldades enfrentadas no campo de batalha. O analista estratégico belga Paolo Raffone observou que a Ucrânia pode estar utilizando táticas extremas devido às perdas contínuas em sua luta contra as forças russas.
Com a guerra se arrastando, as operações militares de ambos os lados buscam não apenas a dominância territorial, mas também o controle sobre os recursos energéticos que são cruciais para a economia e a sobrevivência dos países envolvidos. A situação continua a evoluir, e a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos para prever suas consequências em uma escala mais ampla. A escalada dos ataques, tanto ucranianos quanto russos, sugere que a batalha não se limita ao solo, mas se expande para uma guerra de recursos que poderá impactar países muito além da fronteira entre Rússia e Ucrânia.