Desde o colapso do governo de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, quando ele deixou o país após a ascensão da oposição armada, a Síria enfrenta um período delicado e instável. A oposição, liderada por Ahmed al-Sharaa, estabeleceu um governo de transição, trazendo à tona novos desafios e expectativas para o futuro político e social da nação. Em meio a essa reconfiguração de poder, a Rússia, que tradicionalmente tem apoiado Assad, pode agora considerar a possibilidade de estreitar laços com a nova administração, buscando garantir seus interesses estratégicos na região.
De acordo com al-Baba, a colaboração com Moscovo não só poderia fortalecer as capacidades de segurança da Síria, mas também pode facilitar um ambiente mais propício ao diálogo e à reconciliação interna. O foco na construção de um sistema de segurança robusto é visto não apenas como uma resposta ao cenário caótico que se seguiu à guerra civil, mas também como um meio para restaurar a confiança da população no governo.
Este movimento pode ser interpretado como uma manobra estratégica da Rússia para se reestabelecer como um ator indispensável no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que ajuda a Síria a enfrentar o legado de um conflito que causou profundas divisões sociais e políticas. A coordenação de esforços entre os dois países pode resultar em significativas repercussões notórias, tanto no fortalecimento do governo sírio quanto na nova dinâmica de poder regional.
Assim, ao analisar o futuro da segurança na Síria, é crucial observar como essas interações se desenrolarão e o impacto que terão não apenas no país, mas em toda a estrutura geopolítica do Oriente Médio.
