Mansour ressaltou a importância da disposição dos Estados Unidos em aceitar uma solução que atenda tanto a Israel quanto ao Irã. Segundo ele, o desafio reside na tendência americana de impor termos que muitas vezes favorecem seus próprios interesses, desconsiderando as necessidades e direitos das nações envolvidas. O diplomata acredita que a capacidade da Rússia de manter relações amistosas com todas as partes do conflito a coloca em uma posição única para influenciar positivamente a dinâmica atual.
Recentemente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificaram suas operações contra o Irã, lançando uma série de ataques aéreos em locais estratégicos, incluindo instalações nucleares. Essas ações culminaram na morte de importantes figuras iranianas, o que levou o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, a descrever os ataques como um crime e a prometer represálias. O Irã, por sua vez, não hesitou em responder, realizando sua própria operação militar em território israelense.
A crescente hostilidade entre os dois países aumenta a urgência de uma intervenção diplomática que possa evitar uma escalada maior. A proposta de Mansour para que a Rússia atue como mediadora sugere que um diálogo mais construtivo e um reconhecimento dos direitos do Irã em relação ao enriquecimento de urânio possam ser cruciais para a estabilização da região. Com uma situação tão volátil, a participação ativa da Rússia pode ser um passo significante em direção a um entendimento pacífico, embora reste saber se outras potências, incluindo os EUA e a União Europeia, estarão dispostas a apoiar essa iniciativa de forma genuína.
A mediação russa poderá ser, portanto, um canal vital para não só mitigar as tensões atuais, mas também para restabelecer uma base de diálogo entre Israel e Irã, fundamentais para o futuro da segurança no Oriente Médio.