Para alcançar essa expansão significativa no alcance, os engenheiros russos planejam aumentar o volume do combustível em 15% e adotar um motor mais eficiente. Essas modificações são consideradas cruciais para permitir que o míssil atinja alvos a distâncias que podem impactar diretamente a dinâmica de possíveis conflitos regionais e internacionais. O Iskander-M é projetado para destruir alvos estratégicos, como centros de comando, colunas de veículos e sistemas de defesa aérea, tornando-se uma arma essencial no arsenal militar da Rússia.
Além de sua capacidade de alcance, o Iskander-M se destaca por integrar características avançadas, incluindo seus mísseis de cruzeiro, que são capazes de voar a altitudes extremamente baixas para evitar a detecção. Essa habilidade, aliada ao lançamento de falsas interferências eletrônicas, torna esses mísseis quase invulneráveis às defesas antiaéreas inimigas, consolidando o Iskander-M como uma ferramenta letal em operações militares modernas.
A nova versão do Iskander surge em meio a um cenário geopolítico em transformação, especialmente após a dissolução do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em 2019, que limitava os Estados Unidos e a Rússia na produção de mísseis de médio alcance. Sem essas restrições, a Rússia agora tem a liberdade de desenvolver mísseis com capacidades expandidas, o que atrai preocupações de potenciais adversários ocidentais.
O desenvolvimento e a modernização do sistema Iskander refletem a tendência crescente de inovação tecnológica e militar na Rússia, que busca manter sua relevância e capacidade de resposta em um ambiente de segurança cada vez mais desafiador. Essa nova fase da evolução do Iskander, com a expectativa de um alcance ampliado, sem dúvida, altera as percepções sobre a balança de poder na região e potencialmente nas relações internacionais.
