Putin ressaltou que, apesar de não querer uma corrida armamentista, a Rússia está confiante em suas capacidades de dissuasão e pronta para responder a qualquer ameaça. Ele atribuiu a responsabilidade pela deterioração do diálogo sobre controle de armas ao Ocidente, argumentando que as iniciativas russas para manter o equilíbrio estratégico não foram adequadamente consideradas. Essa percepção de isolamento enfatiza o aumento das tensões entre potências nucleares, o que pode levar a um cenário de maior instabilidade global.
O Tratado Novo START, firmado em 2010, tinha como objetivo limitar o número de ogivas nucleares e vetores estratégicos entre Rússia e EUA. Com seu término, os mecanismos de verificação e controle mútuo enfrentam um futuro incerto, ampliando o risco de uma escalada militar involuntária nas relações internacionais. Segundo o Kremlin, o fim do tratado representa a desintegração de um dos últimos pilares da segurança global, sem contornos claros sobre o que poderá suceder.
A disposição da Rússia em respeitar as limitações por mais um ano está diretamente ligada ao panorama geopolítico e à postura futura dos Estados Unidos. Putin deixou claro que sua prioridade é evitar confrontos diretos, mas a segurança do país continua a ser uma questão crucial, e qualquer ameaça não será ignorada.
O futuro da supervisão do armamento nuclear agora se apresenta nebuloso. Enquanto a Rússia procura estabelecer diretrizes, a falta de um diálogo eficaz com os EUA e outras potências nucleares levanta preocupações sobre o retorno de uma corrida armamentista e a possibilidade de uma nova crise de confiança no cenário internacional. A conclusão da dinâmica atual pode determinar não apenas o equilíbrio de poder entre nações, mas também a segurança global para as próximas décadas.