Rússia Lança Segundo Satélite Radar Kondor-FKA em Órbita e Expande Monitoramento na Rota do Mar do Norte



Na última sexta-feira, 29 de novembro de 2024, a Rússia deu um importante passo na sua capacidade de monitoramento da Terra ao colocar em órbita o segundo satélite radar Kondor-FKA. O lançamento ocorreu a partir do cosmódromo de Vostochni, uma das principais instalações espaciais do país, localizada no sudeste da Rússia. O foguete Soyuz-2.1a decolou às 0h50, no horário de Moscou, e, após nove minutos, conseguiu inserir o satélite em uma órbita baixa em torno do planeta, a uma altitude de 500 a 550 quilômetros. Este novo satélite se junta ao seu predecessor, que foi lançado em maio de 2023.

Os satélites da série Kondor-FKA têm como principal função o sensoriamento remoto da Terra utilizando tecnologia de radar, permitindo a coleta de dados em condições meteorológicas adversas e durante todo o ano. Essa capacidade torna os Kondor-FKA essenciais para diversas aplicações, incluindo mapeamento de superfícies, monitoramento ambiental e exploração de recursos naturais. Cada satélite é capaz de capturar até 100 imagens diárias da Terra, um recurso valioso especialmente para o gerenciamento de desastres e a resposta a emergências.

Além de suas funções de sensoriamento, o segundo Kondor-FKA terá um papel específico no monitoramento das condições de gelo na Rota Marítima do Norte. Esta rota, que se estende por 5.600 quilômetros desde os mares de Barents até o Estreito de Bering, representa a via marítima mais curta entre a Europa e a Ásia. Embora a rota permaneça coberta de gelo na maior parte do ano, os quebra-gelos garantem a navegação segura, oferecendo economias significativas de combustível e tempo em comparação com outras rotas disponíveis. O monitoramento contínuo das condições de gelo é, portanto, fundamental para o tráfego seguro nessa via estratégica, especialmente em um contexto de crescente interesse econômico na região.

A operação bem-sucedida do lançamento evidência a crescente capacidade da Rússia em desenvolver e lançar tecnologias espaciais que não apenas ampliam suas capacidades de defesa, mas também fortalecem seu papel na observação terrestre e na exploração de recursos estratégicos, sendo uma parte crucial de sua estratégia militar e econômica.

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