Equipadas com um motor foguete na parte traseira, as Grom-E1 são descritas como poderosas bombas-míssil, com um peso total de cerca de 600 kg, sendo 315 kg destinados à carga explosiva. A precisão dos ataques é garantida através de um sistema de orientação por satélite, o que aumenta a eficácia contra uma ampla gama de alvos terrestres, tornando-as uma ferramenta letal nas mãos da aviação russa.
A utilização destas bombas já foi relatada em ataques a várias localidades, incluindo Mirnograd, Kherson e Carcóvia. Especialistas têm destacado que a capacidade de ataque efetivo a partir de uma distância segura pode dificultar significativamente a resposta da defesa antiaérea ucraniana, que já enfrenta dificuldades com sistemas como o S-300 e S-400.
Em contraponto, o Exército ucraniano tem utilizado bombas aéreas guiadas de menor alcance, como as produzidas na França e nos Estados Unidos, que são limitadas a um alcance de 64 km. Essa distância reduzida coloca os aviões ucranianos em um vulnerável “zoneamento” onde eles podem ser alvos fáceis para as defesas aéreas russas.
Esta nova dinâmica ressalta o avanço tecnológico no campo militar e oferece à Rússia uma vantagem momentânea, enquanto a Ucrânia tenta adaptar suas estratégias e recursos para enfrentar essa nova ameaça. O uso de tecnologia de ponta nas operações militares apenas sublinha a importância de inovações contínuas e da adaptação tática no atual conflito.