Rússia Inova com Sensor Eletroquímico para Detecção de Pesticidas Mortais em Alimentos, Prometendo Avanços na Segurança Alimentar e na Indústria Agropecuária.

Cientistas da Universidade Politécnica de Tomsk, na Rússia, anunciaram uma inovação significativa no campo da segurança alimentar com o desenvolvimento de um sensor eletroquímico reutilizável, capaz de detectar resíduos do pesticida carbosulfan em produtos alimentares de forma altamente eficaz. Este sensor apresenta uma sensibilidade dez vezes superior em comparação aos dispositivos atualmente disponíveis no mercado, o que pode revolucionar os mecanismos de fiscalização e controle de substâncias tóxicas que ameaçam a saúde pública.

O carbosulfan é um pesticida amplamente utilizado na agricultura, particularmente na proteção de culturas contra pragas como o besouro da batata do Colorado. Embora seja eficaz na eliminação de insetos, o seu uso é controverso, uma vez que é classificado como tóxico para seres humanos. A detecção de resíduos deste e de outros pesticidas em alimentos é, portanto, uma prioridade para garantir a segurança alimentar e proteger o consumidor.

O sensor desenvolvido pelos pesquisadores russos é composto por um substrato plástico flexível, com uma área de 46 milímetros quadrados, onde um padrão condutor de óxido de grafeno é aplicado utilizando tecnologia a laser, incorporando também nanopartículas de prata. O funcionamento do dispositivo envolve a aplicação de amostras de alimentos preparados que, uma vez posicionadas em uma célula eletroquímica conectada a um potenciostato, geram uma corrente elétrica. Esta corrente é então registrada e analisada, permitindo a medição da concentração de carbosulfan presente nos alimentos.

Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando para aprimorar o sensor, permitindo que ele detecte simultaneamente múltiplos tipos de pesticidas, o que ampliaria ainda mais suas aplicações na agricultura e na indústria alimentícia. Este projeto é realizado no âmbito do programa Ciência, que é financiado pelo governo russo, demonstrando um compromisso com inovações tecnológicas que visam a saúde pública e a segurança alimentar.

Com a crescente preocupação mundial sobre o uso de pesticidas e seus impactos na saúde humana e no meio ambiente, a criação desse sensor eletroquímico representa um passo importante rumo à automação e eficiência na detecção de substâncias perigosas em alimentos, promovendo um futuro mais seguro para a alimentação global.

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