Rússia inova com ligas alternativas ao paládio para extração de hidrogênio ultrapuro, prometendo revolução na energia limpa e industrial.

Pesquisadores da Universidade Politécnica de Tomsk (TPU) estão à frente de um desenvolvimento promissor que promete revolucionar a extração de hidrogênio ultrapuro, um elemento fundamental na transição para fontes de energia mais limpas. Com o crescente interesse global por energias renováveis e, em particular, pelo hidrogênio como uma alternativa sustentável, a pesquisa se torna ainda mais relevante.

A equipe da TPU criou ligas metálicas inovadoras que podem servir como alternativas viáveis e econômicas às tradicionais membranas de paládio e paládio-prata, que são atualmente utilizadas para separar o hidrogênio de outros gases. O hidrogênio é amplamente reconhecido por seu potencial como fonte de energia limpa, sendo um componente-chave em células de combustível e diversas aplicações industriais. No entanto, a eficácia do hidrogênio depende de métodos de purificação que sejam não apenas eficientes, mas também acessíveis.

As novas ligas desenvolvidas incluem uma combinação de vários metais, como nióbio, níquel, titânio, vanádio, cobalto e zircônio, analisando como suas respectivas composições e estruturas influenciam a permeabilidade ao hidrogênio. Os pesquisadores descobriram que essas ligas não apenas exibem uma permeabilidade similar à do paládio, mas também apresentam alta resistência à fragilização por hidrogênio, um fenômeno que pode comprometer a integridade dos materiais metálicos quando expostos a esse gás.

Além das vantagens práticas, essa pesquisa busca estabelecer uma base teórica que permita a previsão das propriedades de futuras ligas projetadas para aplicações similares. Os pesquisadores da TPU enfatizam que a combinação de desempenho superior e eficiência econômica pode ser a chave para a implementação em larga escala do hidrogênio como combustivel.

Com um plano já delineado, os cientistas pretendem desenvolver um protótipo de filtro de hidrogênio utilizando essas ligas até 2025, com testes práticos agendados para 2026. O sucesso desse protótipo poderia abrir as portas para a comercialização de tecnologias de separação de hidrogênio via membranas, potencializando ainda mais o uso desse recurso em processos industriais. Essa iniciativa está alinhada com os objetivos de fortalecimento das pesquisas em ciência e tecnologia na Rússia, refletindo um impulso rumo a uma economia de hidrogênio mais robusta e sustentável.

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