Oreshkin enfatizou que a abordagem da Rússia em relação às sanções é de reavaliação e redirecionamento. “O que a Europa está fazendo é um problema para a Europa, porque estamos cientes das consequências das decisões tomadas nos últimos anos. Contudo, estamos focados em nossos próprios planos e na análise de como os mercados estão se desenvolvendo”, afirmou. Para Oreshkin, a atenção que a Rússia dedica ao crescimento econômico em regiões como o leste e sul da Ásia, Oriente Médio, África e América Latina é vital para a reestruturação de suas exportações.
Ele destacou que essas áreas estão se tornando motores do crescimento econômico global e, portanto, serão essenciais para a economia mundial no futuro. O vice-chefe da administração russa ressaltou a estratégia do país de se desvincular dos mercados tradicionais, que tendem a entrar em declínio, tanto em termos econômicos quanto de consumo de energia. “Estamos reorientando nossas vendas para novos mercados, pois estas regiões estão em ascensão”, concluiu.
A Rússia já havia declarado anteriormente sua capacidade de suportar a pressão das sanções ocidentais, que vêm se intensificando ao longo dos anos. A capacidade de adaptação do país às mudanças no cenário econômico global reflete uma estratégia clara de busca por alternativas, mesmo diante da adversidade. Esse discurso de resiliência e adaptação pode indicar uma nova fase nas relações comerciais da Rússia, que parece cada vez mais determinada a explorar outros horizontes em meio ao isolamento econômico imposto pelas sanções.
