Rússia garante que criação de meio de pagamento do BRICS prosseguirá apesar das ameaças tarifárias de Trump aos países-membros do bloco.

Recentemente, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Pankin, abordou as ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contra os países membros do BRICS, afirmando que tais declarações não influenciarão os esforços em curso para estabelecer um novo meio de pagamento entre estas nações. Pankin fez essas declarações durante o XVII Fórum Econômico Euroasiático, realizado em Ras al-Khaimah, nos Emirados Árabes Unidos.

As tensões se intensificaram quando Trump alertou que os países integrantes do BRICS enfrentariam tarifas de 100% se decidissem seguir com a criação de uma moeda alternativa ao dólar americano. A proposta de uma moeda única para os membros do BRICS tem sido um tópico de discussão entre as nações que compõem o bloco, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No entanto, Pankin destacou que a prioridade está em desenvolver uma plataforma para pagamentos, sem a intenção de criar uma moeda comum, como o euro. Ele enfatizou que as atuais negociações se concentram na criação de um sistema que facilite as transações entre os países do BRICS, mas que não envolve a formação de uma moeda unificada.

O vice-ministro também expressou sua crença de que, independentemente das ameaças de Trump, as decisões sobre o avanço no sistema de pagamento continuarão. Ele mencionou que as posições do presidente americano podem ser voláteis e propensas a mudanças. Pankin enfatizou que a tentativa de intimidação não terá o efeito desejado e que o BRICS permanecerá firme em seus esforços para fortalecer a cooperação econômica entre seus membros.

Assim, o BRICS continua a trilhar seu caminho rumo à desdolarização e à criação de um sistema financeiro mais autônomo, desconsiderando as pressões externas. O momento atual, conforme notado por Pankin, representa uma oportunidade para solidificar relações e expandir a influência econômica do bloco no cenário global, mesmo diante de desafios como os impostos ameaçados por Trump.

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