Rússia Envia 20 Toneladas de Alimentos ao Afeganistão Após Terremotos Mortais que Deixaram Mais de 2.200 Mortos e 3.600 Feridos.

Na quinta-feira, um avião cargueiro Il-76, pertencente ao Ministério de Emergências da Rússia, decolou de Zhukovsky com a missão de levar alívio às comunidades afegãs devastadas por uma série de terremotos. Com um carregamento de 20 toneladas de alimentos básicos, essa remessa representa a primeira ajuda humanitária russa ao Afeganistão desde que os tremores registraram um saldo alarmante de mais de 2.200 mortes e aproximadamente 3.600 feridos.

Os terremotos que assolam o Afeganistão emanam da cordilheira do Hindu Kush e têm causado estragos significativos. No final de agosto, um tremor de magnitude 6,2 devastou vilarejos inteiros na província de Kunar, resultando no isolamento de comunidades e na interrupção das comunicações. Dias mais tarde, a região foi novamente abalada por novos sismos, sendo o mais recente de magnitude 6,3 nas proximidades de Jalalabad, conforme relatórios do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ). A sequência de eventos sísmicos não apenas causou danos materiais, mas também complicou os esforços de resgate em um terreno montanhoso, conforme confirmaram as autoridades do Talibã, que controlam o país desde 2021.

A ajuda russa é uma resposta imediata aos apelos por assistência internacional e é esperada para ser complementada por outros voos nas próximas semanas, ampliando os esforços globais para atender às vítimas da tragédia. Essa iniciativa também se une a um contexto mais amplo de solidariedade, já que os tremores foram sentidos em nações vizinhas, como Índia, Paquistão, Tajiquistão, Uzbequistão e China, embora sem registros de fatalidades nesses locais.

À medida que as operações de socorro se intensificam, as dificuldades enfrentadas em razão do terreno acidentado e das condições climáticas desafiadoras exigem uma coordenação eficiente entre as organizações humanitárias. O cenário no Afeganistão é emblemático de uma crise que vai além das consequências imediatas dos desastres naturais, refletindo a vulnerabilidade de uma população já fragilizada por conflitos prolongados e instabilidade política. O auxílio externo, portanto, emerge não apenas como um ato de compaixão, mas como um imperativo moral diante da calamidade enfrentada por milhões de afegãos.

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