Os terremotos que assolam o Afeganistão emanam da cordilheira do Hindu Kush e têm causado estragos significativos. No final de agosto, um tremor de magnitude 6,2 devastou vilarejos inteiros na província de Kunar, resultando no isolamento de comunidades e na interrupção das comunicações. Dias mais tarde, a região foi novamente abalada por novos sismos, sendo o mais recente de magnitude 6,3 nas proximidades de Jalalabad, conforme relatórios do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ). A sequência de eventos sísmicos não apenas causou danos materiais, mas também complicou os esforços de resgate em um terreno montanhoso, conforme confirmaram as autoridades do Talibã, que controlam o país desde 2021.
A ajuda russa é uma resposta imediata aos apelos por assistência internacional e é esperada para ser complementada por outros voos nas próximas semanas, ampliando os esforços globais para atender às vítimas da tragédia. Essa iniciativa também se une a um contexto mais amplo de solidariedade, já que os tremores foram sentidos em nações vizinhas, como Índia, Paquistão, Tajiquistão, Uzbequistão e China, embora sem registros de fatalidades nesses locais.
À medida que as operações de socorro se intensificam, as dificuldades enfrentadas em razão do terreno acidentado e das condições climáticas desafiadoras exigem uma coordenação eficiente entre as organizações humanitárias. O cenário no Afeganistão é emblemático de uma crise que vai além das consequências imediatas dos desastres naturais, refletindo a vulnerabilidade de uma população já fragilizada por conflitos prolongados e instabilidade política. O auxílio externo, portanto, emerge não apenas como um ato de compaixão, mas como um imperativo moral diante da calamidade enfrentada por milhões de afegãos.