Durante uma coletiva de imprensa, o chefe da aliança militar ocidental destacou a falta de confiabilidade dos dois países como parceiros estratégicos, mencionando que abandonaram Assad quando ele deixou de ser útil para seus interesses. Rutte ressaltou ainda que o fim do governo de Assad representa um momento de alegria, mas também de incertezas para a população síria e toda a região.
A Otan, cujo foco de atuação está principalmente na Europa e América do Norte, tem desempenhado um papel limitado no Oriente Médio, o que coloca a organização em um contexto de contraposição à influência da Rússia e do Irã nas questões relacionadas à guerra na Ucrânia. Rutte manifestou que será fundamental observar de perto o comportamento dos líderes rebeldes durante o processo de transição de poder na Síria, com ênfase na defesa do Estado de direito e na proteção dos direitos das minorias religiosas.
Por sua vez, o Kremlin anunciou que a Rússia concedeu asilo político a Bashar al-Assad, seguindo uma decisão do presidente Vladimir Putin. Após uma guerra civil de 13 anos, desencadeada por protestos pró-democracia reprimidos de maneira brutal, a Síria vive um cenário de destruição e deslocamento em massa de sua população.
Diante desse contexto complexo e delicado, as declarações de Mark Rutte refletem a postura da Otan em relação às questões geopolíticas envolvendo a Síria, a Rússia e o Irã, sinalizando um futuro de incertezas e desafios para a região do Oriente Médio.