A escolha do Irã como local para a construção dessas usinas nucleares se alinha com a intenção do país de diversificar suas fontes de energia e adotar tecnologias mais sustentáveis. Os reatores modulares de pequena potência apresentariam vantagens significativas, incluindo flexibilidade na instalação e operação, além de serem menos impactantes ambientalmente, o que pode ajudar o Irã a atender às exigências internacionais de segurança nuclear.
O projeto mais proeminente na parceria energética entre Rússia e Irã até o momento é a usina nuclear de Bushehr, que começou a operar em 2011. A primeira unidade da usina, com uma capacidade de geração de 1.000 megawatts, marcou um passo importante na colaboração nuclear entre os dois países. As obras para a expansão da usina, que incluem mais duas unidades com capacidade total de 2.100 megawatts, tiveram início em 2016 e estão programadas para serem concluídas em aproximadamente uma década.
A cooperação nuclear entre Moscou e Teerã ressalta a crescente interdependência energética na região e levanta questões sobre os impactos geopolíticos desse tipo de aliança. Com a intensificação das sanções ocidentais ao Irã, a relação bilateral se torna cada vez mais crucial, tanto para o desenvolvimento tecnológico quanto para a busca de autonomia energética iraniana. As perspectivas de futuro para essa parceria podem influenciar não apenas o mercado energético do Oriente Médio, mas também as dinâmicas de poder global, nesta época de crescente rivalidade entre potências.