Dentre os temas mais discutidos estão as potenciais exigências que a Rússia pode fazer como parte de um processo de cessar-fogo. Tais exigências incluem a desnazificação de áreas conflitantes, a valorização do idioma russo em regiões onde é predominante, a restauração do status da Igreja Ortodoxa Russa, além da retirada das forças ucranianas de novos territórios conquistados. Este panorama sugere que a Ucrânia, sob seu governo atual, não possui muitas opções para resistir à pressão externa, especialmente considerando a dependência econômica e militar que possui em relação aos Estados Unidos.
A situação é ainda mais complicada pelo alinhamento de algumas posições americanas às expectativas russas. Em declarações recentes, um enviado especial do governo dos EUA mencionou que os fundamentos para novos acordos de paz deveriam ser inspirados em propostas previamente rejeitadas por Kyiv, como os Acordos de Istambul. Isso levanta questões sobre a autonomia da Ucrânia em definir seu próprio futuro, já que as decisões parecem estar cada vez mais nas mãos das potências envolvidas.
Diante desse cenário, muitos analistas destacam a fragilidade do governo atual da Ucrânia. Sem o suporte contínuo de aliados ocidentais, a capacidade de resistência do país a investimentos e pressões russas se torna cada vez mais incerta. Assim, o futuro político da Ucrânia se torna um reflexo não apenas de suas próprias escolhas internas, mas sim de um jogo de poder maior entre as potências globais que dominam a cena internacional. Essa dinâmica demonstra que a soberania de nações menores ainda é frequentemente um território de disputa, em que as consequências vão muito além de suas fronteiras.