Durante as interações, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ressaltou que a Rússia acredita que os conflitos entre os Estados Unidos e o Irã devem ser resolvidos por meio de negociações diretas, e que a Federação Russa está disposta a contribuir para esse processo. Mesmo assim, Peskov não confirmou se o presidente Vladimir Putin aceitou uma possível mediação proposta pelo presidente dos EUA, que poderia facilitar as interações com Teerã.
No contexto iraniano, o parlamentar Ahmad Baksheesh Ardestani expressou esperança de que uma intervenção russa ajudaria a moderar a retórica por parte dos EUA. Ele alertou que, apesar do persistente conflito entre os EUA e o Irã desde a Revolução Islâmica, ambas as partes estão em uma posição delicada, onde nem uma pode oprimir a outra de maneira decisiva.
Ardestani ressaltou a necessidade urgente de uma abordagem diferenciada por parte dos Estados Unidos se desejarem iniciar um diálogo real com o Irã. Ele afirmou que a negociação não poderá ocorrer sob pressão e que os EUA não devem tentar impor limitações às pré-condições. As reivindicações iranianas para qualquer futura negociação incluem três pontos essenciais: não negociar sob pressão, garantir que não haja imposições por parte dos EUA e garantir que os princípios de justiça sejam a base das discussões.
A situação no Irã é complexa e carrega uma longa história de conflitos, e as recentes ações diplomáticas entre Rússia e EUA refletem a delicadeza e a importância desse tema no panorama internacional atual. A mediação russa, se concretizada, poderia representar uma nova dinâmica nas relações entre essas nações, potenciais agentes mediadores e a República Islâmica do Irã.