As sanções foram reativadas em decorrência das acusações feitas por França, Alemanha e Grã-Bretanha, que alegaram que o governo iraniano infringiu o acordo nuclear firmado em 2015. Apesar das alegações, o Irã nega estar buscando o desenvolvimento de armas nucleares, argumentando que seu programa nuclear é voltado exclusivamente para fins pacíficos.
O vice-embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, criticou duramente a ação dos países europeus, alegando que as sanções são desprovidas de fundamentos legais. Polyansky ressaltou que a crise atual em torno do Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA) deriva da saída dos Estados Unidos do acordo em 2018 e da recusa das nações europeias em cumprir suas obrigações. Ele enfatizou que a Rússia “categoricamente não reconhece” o processo de restauração das sanções.
Em retaliação ao movimento do Conselho de Segurança, o Irã comunicou que suspenderá sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), tendo já tomado essa medida anteriormente devido a ataques dos Estados Unidos e de Israel a suas instalações nucleares. Essa suspensão havia sido revertida em 9 de setembro, após medições do Egito.
Em conversas telefônicas com os líderes europeus, o chanceler iraniano Abbas Araghchi advertiu que qualquer tentativa de restabelecer as sanções sob o acordo nuclear de 2015 seria considerada não apenas injustificada do ponto de vista legal, mas também imoral, acarretando consequências severas para a relação entre o Irã e as potências ocidentais. Essa situação demonstra a crescente tensão no cenário internacional, principalmente nas relações entre o Irã e os países europeus, que historicamente têm sido conturbadas.