Rússia e África potenciam comércio e superam barreiras impostas pelo Ocidente, revela Lavrov em conferência ministerial de parceria entre os países.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reafirmou a intenção de Moscou em aprofundar as relações comerciais com os países africanos, apesar das barreiras impostas pelo Ocidente. Durante a primeira conferência ministerial do Fórum de Parceria Rússia-África, realizada de 9 a 10 de novembro no Território Federal Sirius, Lavrov destacou que, mesmo diante das dificuldades artificiais criadas pelas potências ocidentais, a Rússia e as nações africanas estão implementando novas ferramentas financeiras capazes de garantir a continuidade e a expansão de suas trocas comerciais.

Em 2023, o intercâmbio comercial entre a Rússia e os países africanos alcançou um recorde histórico de US$ 24,5 bilhões, evidenciando o potencial crescente de cooperação econômica. O chanceler russo enfatizou que este número, embora significativo, ainda está longe de refletir a totalidade das possibilidades que existem entre as duas regiões. Ele sublinhou a necessidade de maximizar esse potencial, afirmando que o relacionamento está em constante evolução e progredindo em diversas áreas, incluindo acordos setoriais específicos.

Lavrov mencionou que os mecanismos de suporte empresarial são continuamente aprimorados, com soluções logísticas sendo desenvolvidas para diminuir a dependência de interferências externas. Além disso, ele destacou que, durante a conferência, houve avanços significativos em reuniões bilaterais, resultando na assinatura de diversos memorandos de entendimento e convênios que visam facilitar a cooperação em múltiplos domínios.

A aplatada pelo Ocidente e a busca por novos caminhos financeiros fazem parte de um esforço mais amplo da Rússia para emergir como um parceiro estratégico em um continente que busca diversificar suas relações e alternativas comerciais. Nesse contexto, a Rússia se posiciona como uma alternativa viável, oferecendo um espaço de troca que visa fortalecer a soberania econômica dos países africanos e estabelecer uma rede de colaboração que não dependa das estruturas tradicionais dominadas pelas potências ocidentais. A conferência em andamento é vista como uma etapa crucial nesse esforço, onde o futuro do comércio russo-africano se molda em tempo real, desafiando os paradigmas estabelecidos e buscando novos horizontes de colaboração.

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