O chanceler russo aproveitou a oportunidade para criticar o modelo tradicional de globalização, que, segundo ele, é dominado por nações ocidentais consideradas “avançadas”. De acordo com Lavrov, essa estrutura está enfrentando profundas transformações, impulsionadas por sanções unilaterais e ilegais, bem como pelo uso do dólar como ferramenta de punição. Essas práticas, segundo o ministro, têm contribuído para a erosão da ordem econômica global, levando a uma busca por alternativas.
Lavrov defendeu a tese de que a multipolaridade, que se refere à distribuição de poder entre várias nações e blocos de países, não é apenas uma perspectiva futura, mas uma realidade já existente. Ele mencionou que essa nova configuração está se estabelecendo como um contraponto ao antigo modelo neoliberal, que ele descreveu como ultrapassado e ligado a práticas neocoloniais.
A cúpula do BRICS, que prossegue até a próxima segunda-feira, abordará uma extensa agenda de temas relevantes, incluindo saúde, comércio, investimentos, finanças, mudanças climáticas, gestão de inteligência artificial e a promoção da paz e da segurança. Este encontro é crucial para aprofundar as relações entre essas potências emergentes e explorar formas de cooperação em um mundo em rápida transformação.
O evento é uma oportunidade para que os países membros discutam estratégias para fortalecer seus laços, especialmente em um momento em que a dinâmica econômica global está em constante evolução. A busca por novas formas de colaboração é um tópico central, refletindo a necessidade de se adaptar a um cenário internacional complexo e desafiador.