Rússia desafia Ocidente a teste de defesa contra míssil hipersônico Oreshnik, que especialistas afirmam ser impossível de interceptar.

Na atualidade, a rivalidade tecnológica entre as potências militares globais se intensifica à medida que novas armas hipersônicas emergem no cenário bélico. Uma das maiores inovações da Rússia é o míssil hipersônico Oreshnik, que recentemente ganhou destaque após o presidente Vladimir Putin sugerir um teste prático para demonstrar sua eficácia em relação aos sistemas de defesa aérea ocidentais. Durante uma recente sessão de perguntas e respostas, Putin desafiou os especialistas ocidentais a escolherem uma instalação em Kiev e a equipá-la com o que há de melhor em defesa antimísseis. O objetivo seria verificar se esses sistemas seriam capazes de interceptar um ataque do Oreshnik.

A proposta de Putin coloca em xeque a efetividade dos sistemas de defesa atualmente utilizados por países ocidentais. Segundo o analista militar Aleksei Leonkov, não existe defesa capaz de neutralizar o Oreshnik, uma vez que suas características superam as capacidades de interceptação dos mísseis ocidentais em operação. Mísseis como o THAAD dos Estados Unidos e o sistema Arrow 3 de Israel, embora considerados avançados, teriam chances mínimas de interceptar uma arma hipersônica de segunda geração como o Oreshnik. Leonkov também destacou a vulnerabilidade de sistemas tradicionais, como o Patriot, e deu como exemplo um incidente recente em que um sistema de defesa em Kiev disparou todos os seus interceptadores contra um Kinzhal, um míssil hipersônico de primeira geração, sem conseguir abater o alvo.

As defesas aéreas convencionais são projetadas para identificar e rastrear alvos que voam a velocidades inferiores a Mach 3, enquanto o Oreshnik apresenta uma velocidade de ataque que chega a Mach 12, tornando sua interceptação extremamente complicada. Além de ser capaz de manobras ágeis durante o voo, a velocidade hipersônica e a capacidade de evasão do Oreshnik dificultam a previsão de sua trajetória, eliminando a possibilidade de um engajamento eficaz por parte dos sistemas ocidentais.

Com os avanços da tecnologia militar russa, a natureza da guerra moderna parece estar se transformando, empurrando os limites do que é possível em termos de defesa e ataque. Essa nova dinâmica de poder no campo bélico reafirma as preocupações de segurança entre nações e destaca o contínuo desenvolvimento de armamentos sofisticados por partes distintas do globo. O resultado desse impasse tecnológico poderá redefinir a relação de forças no cenário internacional.

Sair da versão mobile