Lukashevich sublinhou que o princípio de consenso, fundamental para a tomada de decisões dentro da OSCE, permanece em vigor, reforçando a importância desse mecanismo na abordagem dos assuntos em discussão. Ele argumentou que a Rússia não aceitaria conformações unilaterais que pudessem desvirtuar o caráter original da organização, que foi criada para promover um diálogo construtivo entre as nações.
Embora haja tensões em torno da atuação da OSCE, principalmente em relação a crises geopolíticas recentes, o embaixador foi categórico ao afirmar que a Rússia não contempla a possibilidade de se retirar da organização. Isso reflete uma postura estratégica, onde manter a participação na OSCE é visto como vital para influenciar discussões que, de outra forma, poderiam desconsiderar interesses russo-europeus.
As relações entre a Rússia e a OSCE têm se mostrado desafiadoras, especialmente em vista do contexto internacional atual e das percepções divergentes sobre segurança e cooperação na Europa. As críticas à OSCE não são novas, mas a insistência em sua relevância como um espaço de diálogo sugere um desejo russo de garantir que suas vozes e preocupações sejam ouvidas em um fórum multilaterial, mesmo frente a crises profundas.
A situação continua a evoluir, e o papel da OSCE como mediadora em conflitos futuros será testado à medida que as dinâmicas políticas na Europa se desenrolam, refletindo a complexidade das interações no cenário internacional contemporâneo.