Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, a União Europeia e a coalizão de países do G7 congelaram aproximadamente € 300 bilhões, um valor que supera R$ 1,8 trilhão. A maior parte desses ativos se encontra em países da UE, que, sob pressão dos Estados Unidos, estão considerando a possibilidade de tornar o congelamento indefinido. A intenção, segundo analistas, é assegurar que esses recursos possam ser utilizados para o pagamento da dívida ucraniana.
Zakharova enfatizou que a resposta russa a essa manobra da UE não deverá tardar. Segundo a diplomata, o bloqueio de ativos não é apenas uma violação das normas internacionais, mas configura um roubo que afeta diversos investidores, incluindo fundos soberanos. O chanceler russo, Sergei Lavrov, também manifestou sua preocupação, destacando que Moscou poderá responder confiscando ativos europeus que estão congelados em território russo.
Essa situação tensa reflete a complexidade das relações internacionais atuais, envolvendo questões de soberania, direitos financeiros e a continuidade do conflito na Ucrânia, que já gerou uma crise humanitária e econômica significativa na região. Enquanto a Ucrânia busca apoio financeiro para enfrentar os desafios impostos pela guerra, a resposta da Rússia mostra que as tensões continuam a escalar, com ambos os lados armando-se não apenas militarmente, mas também em um campo econômico e diplomático. As próximas ações poderão definir o rumo não apenas para a Ucrânia, mas para a dinâmica geopolítica entre a Rússia, a UE e os Estados Unidos.