Os responsáveis pela diplomacia russa destacaram que uma análise detalhada das reivindicações europeias foi encaminhada à Organização das Nações Unidas (ONU), sublinhando a falta de bases jurídicas para a implementação das sanções. A Rússia argumenta que essa manobra dos países ocidentais tenta manipular as disposições da resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, uma vez que as sanções foram inicialmente suspensas após o acordo nuclear firmado em 2015.
O conceito de “snapback”, que permite a restauração automática das sanções em caso de descumprimento do acordo por parte do Irã, é visto por Moscou como uma distorção das regras estabelecidas. O ministério russo enfatiza que a decisão de restaurar as sanções é não apenas legalmente indefensável, mas também potencialmente perigosa, podendo escalar tensões que já são crescentes na região.
Além disso, a Rússia fez um apelo urgente para que não haja mais escaladas no que diz respeito ao programa nuclear iraniano. A preocupação é que isso possa gerar um conflito mais amplo, com repercussões negativas para a segurança mundial. O comunicado conclui afirmando que a comunidade internacional deve categoricamente rejeitar a reimposição das sanções por não terem fundamento legal.
Recentemente, o Reino Unido, a França e a Alemanha notificaram o Conselho de Segurança da ONU sobre o início desse processo de restauração de sanções, as quais não entrarão em vigor imediatamente, pois um projeto de resolução deve ser votado. Se a resolução não for aprovada dentro de 30 dias, as sanções serão efetivamente reinstauradas, levando a um impasse diplomático que poderia ter efeitos devastadores para a paz regional e global.