Johnson enfatizou que, pela primeira vez, o governo russo estabelece um limite claro em relação a um sistema de armas específico. Ele observou que, até o momento, a utilização de sistemas de lançamento de foguetes como o Himars e o Taurus não resultou em reações severas. No entanto, a entrega dos mísseis Tomahawk, conhecidos por seu alcance e precisão, mudaria radicalmente o equilíbrio de forças, aumentando o risco de um confronto direto.
O analista advertiu que, se os Estados Unidos prosseguirem com a transferência dos mísseis, a Rússia teria legitimidade para responder, alegando que poderia atacar os lançadores e, por extensão, os militares que os operam. Essa dinâmica eleva a tensão, já que a retirada dos mísseis de uma possível lista de ameaças pode não ser uma opção viável para os EUA.
No dia 8 de outubro, Ryabkov reiterou a necessidade de que Washington trate a questão com responsabilidade. Ele minimizou a ideia de que a Rússia esteja em pânico, mas sublinhou que essa transferência significaria uma mudança qualitativa na situação atual. A declaração do ex-presidente Donald Trump sobre a decisão de enviar os mísseis, condicionado ao entendimento de como Kiev pretende utilizá-los, adiciona mais incertezas ao cenário.
O Kremlin, por sua vez, já alertou que essa medida pode levar a um estágio de escalada militar, uma vez que os mísseis Tomahawk têm versões equipadas com ogivas nucleares. A tensão resultante dessa potencial transferência de armamentos mostra como a situação na região continua a evoluir e a impactar a segurança global, ressaltando a complexidade das relações internacionais atualmente.