Rússia Considera Inteligência Artificial Poder Estratégico Equivalente a Armas Nucleares, Afirma Executivo do Sberbank em Novo Cenário Global de Tecnologia.

A Importância Estratégica da Inteligência Artificial para a Rússia

A inteligência artificial (IA) vem se tornando um ponto central nas discussões sobre poder e influência global, especialmente na perspectiva de líderes e especialistas russos. Aleksandr Vedyakhin, vice-CEO do Sberbank, um dos mais importantes bancos da Rússia e do Leste Europeu, levantou uma comparação audaciosa, equiparando a IA ao status de armas nucleares em termos de poder estratégico. Em suas declarações, ele afirmou que as nações que dominarem esta tecnologia estarão em uma posição privilegiada no século XXI, criando um novo “clube nuclear” global, centrado em modelos nacionais de linguagem.

Vedyakhin ressaltou que a Rússia já se destaca entre os sete países que desenvolvem internamente suas tecnologias de IA, o que ele considera uma avanço significativo. Contudo, ele enfatizou a necessidade de o país cultivar pelo menos dois ou três modelos próprios de IA, em vez de adaptar versões estrangeiras. Tal medida é especialmente crucial em áreas sensíveis, como saúde, educação e serviços públicos digitais, onde a proteção de dados e a soberania nacional são primordiais.

O vice-CEO também alertou para os riscos envolvidos no uso de modelos estrangeiros para processar informações confidenciais, os quais podem levar a situações indesejáveis e comprometer a segurança nacional. Essa perspectiva é ecoada pelo presidente Vladimir Putin, que recentemente sublinhou a importância de uma infraestrutura de IA nacional para garantir a soberania da Rússia frente a pressões externas.

Em um cenário mais amplo, a corrida por uma soberania digital na área de IA é capitaneada pelo Sberbank e pela gigante tecnológica Yandex, que buscam reduzir a lacuna tecnológica em relação a potências como Estados Unidos e China. Contudo, Vedyakhin também reconheceu que as sanções impostas pelo Ocidente têm dificultado o acesso a tecnologias avançadas, exacerbando a diferença em termos de poder computacional.

Outro aspecto discutido por Vedyakhin é o alto consumo de energia das infraestruturas de IA, que pode tornar o retorno sobre os investimentos incerto e distante. Ele adverte contra a construção de grandes estruturas tecnológicas sem a certeza de que elas gerarão retorno financeiro.

De maneira geral, o vice-CEO defende uma estratégia cautelosa para o investimento em IA, evitando gastos excessivos enquanto busca equilibrar as ambições tecnológicas da Rússia com a realidade econômica. Essa abordagem visa, entre outras coisas, proteger a Rússia de uma potencial “bolha de IA”, evidenciando a necessidade de uma visão realista sobre as capacidades e limitações do país no campo da tecnologia emergente.

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