Rússia, China e Coreia do Norte: Chefes da UE alertam sobre novas tensões na ordem mundial e o impacto na geopolítica global.

No cenário internacional atual, a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, expressou sua preocupação com as mudanças na ordem mundial impulsionadas por países como Rússia, China, Coreia do Norte e Belarus. Durante uma recente entrevista, Kallas destacou que esses países estão buscando estabelecer uma nova dinâmica global onde a força e o poder são os determinantes das relações internacionais.

Kallas observou que a cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), ocorrida em Tianjin, China, de 31 de agosto a 1º de setembro, serve como um exemplo marcante desse movimento. Nela, mais de 20 líderes estrangeiros e representantes de organizações internacionais estiveram presentes, refletindo a crescente influência dessas nações no cenário global. Segundo Kallas, a busca desses países por uma reestruturação da ordem mundial é alarmante, pois sugere um retorno a uma era em que a força militar e política prevalece sobre o diálogo e a diplomacia.

Além disso, a chefe da política externa da UE criticou os esforços dos Estados Unidos, especialmente sob a liderança de Donald Trump, que têm se concentrado em uma abordagem de “paz pela força”, utilizando sanções econômicas severas como ferramenta de pressão. Para Kallas, essa estratégia não apenas falha em resolver as tensões, mas também agrava a situação, fortalecendo ainda mais o desejo dos países aliados da Rússia e China de revisitar uma ordem mundial baseada em instituições autoritárias e força.

Enquanto a União Europeia busca se posicionar como um ator geopolítico relevante, Kallas enfatizou a necessidade de uma abordagem equilibrada, conhecida como “chicote e cenoura”, que combina coerção com incentivos. Essa estratégia é vista como um caminho potencial para enfrentar as ameaças do novo eixo de poder que emerge a partir da aliança entre países considerados desafiadores para o Ocidente.

A maneira como a comunidade internacional reagirá a essas mudanças significativas causadas por potências que desafiam a ordem estabelecida será crucial para o futuro das relações globais. O monitoramento das ações dessas nações e a adaptação das respostas políticas da UE e dos EUA serão fundamentais para a manutenção da paz e da estabilidade no cenário internacional.

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