Rússia bombardeia Alepo após insurgentes jihadistas assumirem controle da cidade: 14 mil pessoas foram obrigadas a fugir.



Neste sábado, uma explosão de combates atingiu a cidade de Alepo, na Síria, quando insurgentes jihadistas tomaram o controle da maior parte da cidade, desencadeando uma série de bombardeios por parte de caças russos e sírios. Estes ataques, ocorrem em um momento delicado, já que a cidade de Alepo é a segunda maior metrópole do país e está localizada no norte da Síria.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a organização militante islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) liderou a ofensiva surpresa que levou os rebeldes a penetrarem profundamente na cidade. A HTS, conhecida como uma das facções rebeldes mais poderosas do noroeste da Síria, controla grandes áreas em várias províncias próximas a Alepo. A ocupação dos insurgentes forçou cerca de 14 mil habitantes a abandonarem suas casas, conforme relatado pelas Nações Unidas.

Os bombardeios das forças russas e sírias também atingiram povoados nos arredores de Alepo, como medida de retaliação aos avanços rebeldes. Desde setembro de 2015, as tropas russas se juntaram às forças leais ao presidente Bashar al-Assad para enfrentar a revolta de diversas facções rebeldes, que surgiram após os protestos pró-democracia de 2011.

A situação é particularmente tensa, uma vez que o conflito armado na Síria havia sido considerado controlado nos últimos tempos. No entanto, a aliança entre Rússia, Irã e as forças de Assad conseguiu retomar cerca de dois terços do território sírio, deixando Idlib como o último reduto rebelde.

Os rebeldes alegam que a ofensiva é uma resposta aos constantes bombardeios do governo sírio contra áreas civis, enquanto as Forças Armadas da Síria preparam uma contraofensiva para conter o avanço dos insurgentes. Neste momento de escalada da violência, o número de vítimas, tanto combatentes quanto civis, tem crescido diariamente, com pelo menos 311 mortes registradas desde o início dos confrontos.

Toda essa situação ocorre em meio a um frágil cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, no Líbano, após meses de conflito aberto. A região do Oriente Médio permanece em alerta máximo devido aos diversos confrontos e tensões entre as principais potências regionais.

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