Um dos especialistas presentes na reunião, Igor Korotchenko, editor-chefe de uma revista militar, enfatizou que o S-500 é projetado para enfrentar e desativar as novas gerações de armas que os Estados Unidos e seus aliados da OTAN vêm desenvolvendo. Segundo Korotchenko, essa tecnologia é crucial em um cenário de possível conflito entre a Rússia e a OTAN, permitindo a destruição de elementos fundamentais da infraestrutura espacial do inimigo, como sistemas de inteligência e comunicação.
Korotchenko também aponta que, além de sua funcionalidade primária, o S-500 atua como uma ferramenta para comprometer os programas de militarização do espaço dos EUA, que buscam implementar plataformas de ataque a partir de veículos espaciais, como o X-37B. A evolução das capacidades de defesa antimísseis da Rússia se insere em um contexto global de crescente militarização do espaço, onde potências como os EUA estão se mobilizando para garantir a superioridade em tecnologia espacial.
O sistema S-500 não é apenas uma resposta defensiva, mas também um ativo planejado para ser utilizado em um ambiente hostil, capaz de operar sob forte interferência eletrônica do adversário. A mobilidade dos equipamentos e a possibilidade de sua rápida implementação em várias regiões da Rússia garantem que o país esteja preparado para responder a ameaças emergentes de forma eficaz e imediata.
Com suas capacidades superiores e tecnologia avançada, o S-500 promete mudar o panorama da guerra moderna, enfatizando a crescente importância do domínio do espaço em conflitos contemporâneos. A Rússia, ao lançar este sistema, busca não apenas fortalecer suas posições defensivas, mas também afirmar sua presença como uma potência militar capaz de desencorajar ações adversárias em nível global.