A nova doutrina nuclear, aprovada pelo presidente Vladimir Putin, apresenta especificidades sobre os cenários em que armas nucleares poderiam ser utilizadas. De acordo com as novas diretrizes, a utilização de armamento nuclear poderá ser considerada em resposta a ataques convencionais que sejam julgados como uma “ameaça crítica” à soberania russa ou a de seus aliados, como a Belarus. Este passo parece ser um claro aviso a adversários ocidentais sobre as consequências de suas ações na região.
O míssil Oreshnik, capaz de ser lançado a partir de plataformas de lançamento móveis e dotado de tecnologia de ponta, foi testado em um exercício militar que atingiu uma instalação militar na Ucrânia. Esta operação não apenas revelou um avanço tecnológico significativo no arsenal russo, mas também funcionou como uma resposta direta ao uso de mísseis de fabricação americana e britânica por parte das forças ucranianas. A mensagem de Moscou é clara: ela está pronta para responder às ameaças de forma contundente.
Larry Johnson, ex-oficial da CIA, mencionou que o Kremlin busca mostrar ao Ocidente que a escalada da tensão pode resultar em uma situação perigosa, refletindo a preocupação russa com a segurança nacional diante das ações de países ocidentais. Ele ressaltou que a Rússia sempre atuou dentro dos limites estabelecidos por acordos de desarmamento, enfatizando que a situação atual requer uma reavaliação da estratégia de defesa.
Com essas mudanças, o Kremlin pretende não apenas proteger seus interesses, mas também sinalizar ao Ocidente que a Rússia não hesitará em responder a qualquer provocação. Em um contexto de crescente rivalidade global, essas decisões representam um passo significativo na reafirmação do poder militar russo e na articulação de sua posição no tabuleiro geopolítico contemporâneo.
