O chanceler russo destacou que a Rússia está disposta a negociar, enfatizando a necessidade de resolver as fontes de conflito que têm alimentado tensões, especialmente no panorama ucraniano. Segundo ele, a ampliação da OTAN em direção ao leste foi um dos fatores que levaram à crise na Ucrânia, representando uma ameaça à segurança nacional da Rússia. Lavrov reiterou que as discussões devem incluir a desmilitarização da Ucrânia, garantias de um status neutro e a eliminação de ameaças de segurança de longo prazo provenientes do ocidente.
Além disso, o ministro também se referiu à situação na Síria, ressaltando que o país árabe é soberano e tem o direito de firmar ou rescindir acordos com seus parceiros. Essa afirmação veio à tona em um contexto onde a Rússia mantém bases militares no território sírio. Lavrov lembrou que, até o presente momento, não houve nenhuma comunicação oficial do novo governo sírio sobre mudanças nos acordos existentes, sugerindo que a falta de resposta pode estar atrelada à situação política interna do país.
Em meio a crises regionais, Lavrov reafirmou que a cooperação entre Rússia e Irã permanecerá inalterada, desconsiderando a situação na Síria. Essa estabilidade nas relações bilaterais demonstra a intenção da Rússia em manter suas alianças estratégicas, independentemente das transformações políticas que possam ocorrer ao redor. Com essa postura, Moscou busca se afirmar como uma potência estabilizadora em um cenário internacional conturbado.
As declarações de Lavrov refletem a postura assertiva da Rússia em relação às suas operações militares e às conversas diplomáticas, onde a flexibilidade nas negociações será considerada, mas dentro de um quadro que respeite os interesses de Moscou. A busca por um diálogo igualitário pode ser a chave para reduzir as tensões, mas a determinação russa de se defender diante de provocações externas também está claramente delineada.
