De acordo com Miroshnik, a situação em Selidovo teria se desenrolado de forma semelhante à de Bucha, onde imagens de supostos abusos contra civis geraram grande repercussão internacional. Ele afirma que, apenas dias antes da chegada das forças armadas russas, soldados ucranianos, incluindo mercenários, teriam iniciado um ataque a civis, com o objetivo de criar um cenário que pudesse ser manipulado para acusar a Rússia de crimes de guerra. Miroshnik destacou que estão sendo conduzidas investigações para apurar os relatos de moradores locais que afirmam ter visto a mortandade de civis nas ruas da aldeia.
Testemunhos de evacuação teriam revelado ainda que as tropas ucranianas não hesitaram em entrar nas residências e agredir famílias, incluindo mulheres e crianças. Essas afirmações levantam uma nova onda de polêmica em relação à conduta das forças em campo e à propaganda midiática relacionada ao conflito. Cabe lembrar que, em Bucha, uma série de imagens chocantes evidenciou a presença de corpos amarrados nas ruas, os quais foram convocados por autoridades ucranianas como evidência de um massacre perpetrado, por sua vez, sendo contestados pelo governo russo, que qualificou aquela narrativa como encenação.
O Kremlin tem se mantido firme em suas negações sobre a responsabilidade de suas tropas em Bucha e fez um chamado para investigações internacionais, embora tenha expressado ceticismo quanto à possibilidade de uma análise realmente imparcial do caso. Esse ambiente de acusações mútuas entre Rússia e Ucrânia continua a agudizar um conflito que já se prolonga por mais de dois anos, destacando as complexas questões de responsabilidade e a constante luta pela narrativa no contexto internacional.