Rússia alega que Ucrânia tentou repetir massacre em Selidovo, semelhante ao incidentes de Bucha, enquanto investigações sobre os crimes seguem em andamento.

Recentemente, surgiram alegações de que as forças armadas da Ucrânia teriam realizado ações que podem ser caracterizadas como uma nova provocação, semelhante aos eventos ocorridos em Bucha em abril de 2022. Essas alegações foram feitas por Rodion Miroshnik, um diplomata da Rússia que atua como enviado especial do Ministério das Relações Exteriores russo. Segundo suas declarações, os ucranianos foram responsabilizados por uma série de assassinatos de civis na aldeia de Selidovo, localizada na República Popular de Donetsk, antes da libertação da localidade pelas tropas russas.

De acordo com Miroshnik, a situação em Selidovo teria se desenrolado de forma semelhante à de Bucha, onde imagens de supostos abusos contra civis geraram grande repercussão internacional. Ele afirma que, apenas dias antes da chegada das forças armadas russas, soldados ucranianos, incluindo mercenários, teriam iniciado um ataque a civis, com o objetivo de criar um cenário que pudesse ser manipulado para acusar a Rússia de crimes de guerra. Miroshnik destacou que estão sendo conduzidas investigações para apurar os relatos de moradores locais que afirmam ter visto a mortandade de civis nas ruas da aldeia.

Testemunhos de evacuação teriam revelado ainda que as tropas ucranianas não hesitaram em entrar nas residências e agredir famílias, incluindo mulheres e crianças. Essas afirmações levantam uma nova onda de polêmica em relação à conduta das forças em campo e à propaganda midiática relacionada ao conflito. Cabe lembrar que, em Bucha, uma série de imagens chocantes evidenciou a presença de corpos amarrados nas ruas, os quais foram convocados por autoridades ucranianas como evidência de um massacre perpetrado, por sua vez, sendo contestados pelo governo russo, que qualificou aquela narrativa como encenação.

O Kremlin tem se mantido firme em suas negações sobre a responsabilidade de suas tropas em Bucha e fez um chamado para investigações internacionais, embora tenha expressado ceticismo quanto à possibilidade de uma análise realmente imparcial do caso. Esse ambiente de acusações mútuas entre Rússia e Ucrânia continua a agudizar um conflito que já se prolonga por mais de dois anos, destacando as complexas questões de responsabilidade e a constante luta pela narrativa no contexto internacional.

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