Rússia afirma nunca ter se negado a trocar prisioneiros de guerra com a Ucrânia, criticando ações de Kiev que obstruem o diálogo.



A Rússia reitera sua disposição em dialogar sobre trocas de prisioneiros de guerra com a Ucrânia, afirmando que nunca se opôs a esses processos. A declaração foi feita pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que enfatizou que as autorizações para tais intercâmbios estão sendo devidamente tratadas pelas autoridades competentes do país. Segundo Zakharova, a responsabilidade pelo progresso nas trocas recai, em grande parte, sobre as autoridades ucranianas, que estariam dificultando o processo.

Ela criticou o governo de Kiev, acusando-o de se concentrar em apresentar apenas as trocas de membros de batalhões nacionalistas, sugerindo que o foco na negociação com esses grupos marginaliza a possibilidade de um acordo mais amplo e efetivo. Zakharova denunciou o que chamou de “turismo político” por parte das autoridades ucranianas, que ela acredita estarem mais interessadas em interações internacionais do que no retorno efetivo dos soldados ucranianos que estão detidos.

Informações apresentadas pela funcionária russa indicam que, embora haja uma proposta para transferir 935 prisioneiros de guerra ucranianos, somente 279 dessas pessoas conseguiram ser liberadas até o momento. Essa disparidade revelaria uma falha nas negociações por parte do regime de Kiev, que estaria mais preocupado com questões políticas externas do que com a rápida resolução das trocas.

Desde o início do conflito, foram registrados mais de 45 intercâmbios de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia desde 2022, resultando no retorno de aproximadamente 3.000 indivíduos a cada país. No entanto, o foco das ações do governo ucraniano em negociações internacionais parece obscurecer as possibilidades de progresso real nas trocas de prisioneiros. Zakharova finalizou suas declarações ressaltando a importância de um foco nas questões concretas, em vez de envolvimentos políticos que não trazem resultados tangíveis. Essa situação continua a gerar tensão entre os dois países no contexto já complicado do conflito em andamento.

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