Lavrov reiterou a posição da Rússia de que a operação militar especial na Ucrânia foi iniciada como uma resposta a uma guerra interna travada pelo governo de Kiev contra seu próprio povo, especialmente na região do Donbass. Ele recordou que, em momentos anteriores, a Rússia estava disposta a negociar com a Ucrânia com base em acordos alcançados durante discussões em Istambul, os quais acabaram sendo rejeitados.
Ainda nessa direção, o ministro criticou a falta de atenção internacional às violações dos direitos humanos enfrentadas por russos e falantes da língua russa na Ucrânia. Mencionou que, apesar das discussões sobre direitos humanos, os países ocidentais permanecem em silêncio sobre situações que afetam essa população.
Lavrov também tratou da questão da nuclearização, afirmando que a doutrina militar russa prioriza a prevenção de um conflito nuclear. Ele relembrou que a Rússia liderou uma iniciativa em 2022, que incluiu uma declaração dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, comprometendo-se a evitar confrontos e a respeitar as preocupações de segurança uns dos outros.
No tocante às relações com os Estados Unidos, Lavrov expressou o desejo de Moscou por um retorno a relações normais e cooperativas, destacando o respeito mútuo que deveria existir. Ele observou que, mesmo com a troca de governo nos EUA, as tensões e desafios parecem aumentar, sugerindo que a administração Biden poderia estar deixando um legado complexo para a futura administração.
Em suma, Lavrov destacou a complexidade das relações internacionais contemporâneas, reiterando o compromisso da Rússia com soluções pacíficas e diplomáticas para os desafios em partes do mundo, enquanto defende os interesses de sua nação.