A tensão entre as potências ocidentais e a Rússia tem raízes profundas e é exacerbada por uma série de fatores. Recentemente, Zelensky anunciou que tanto Kiev quanto a Europa estariam elaborando sua própria proposta de um plano de resolução para o conflito, com a expectativa de que esse documento seja concluído até o dia 9 de dezembro. Essa manobra indica não apenas uma divisão entre os aliados, mas também uma tentativa ucraniana de solidificar sua posição diante de uma proposta de paz norte-americana já discutida.
A nova proposta de paz dos EUA, que vem sendo gestada desde meados de novembro, inclui encontros significativos, como o que ocorreu em 2 de dezembro, quando o presidente russo Vladimir Putin recebeu Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, no Kremlin. A natureza das discussões sugere que Washington e Moscou ainda estão explorando canais para um diálogo, apesar da crescente desconfiança mútua.
Polyansky também fez uma observação inquietante ao afirmar que a “história julgará” a Europa por suas ações e falta de empenho ao considerar uma resolução pacífica para o conflito. Essa retórica não só revela a intensidade das tensões no cenário internacional, mas também reflete as dificuldades em estabelecer um diálogo construtivo entre as partes envolvidas.
Assim, o cenário se complica à medida que diferentes interesses se entrelaçam, tornando o caminho para a paz na Ucrânia repleto de obstáculos e incertezas. A reação europeia e as direções que Estados Unidos e Rússia optarão por seguir nas próximas semanas serão cruciais para determinar a evolução dessa crise geopolítica.
