Rússia Acredita que Solução Pacífica para Conflito Ucraniano é Viável se Causas Profundas Forem Eliminadas, Afirma Chefe da Delegação em Viena.

A possibilidade de se alcançar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia ainda é considerada viável por autoridades russas. Yulia Zhdánova, chefe da delegação russa durante as negociações de segurança em Viena, destacou que é crucial eliminar as raízes do conflito para estabelecer a paz. Em sua declaração, ela menciona que a compreensão das necessidades fundamentais do povo russo é um primeiro passo necessário para evitar um agravamento da situação.

Zhdánova também afirmou que o Ocidente precisa reconhecer que os objetivos delineados no início da operação militar especial na Ucrânia, que têm sido reiterados pelo presidente Vladimir Putin, estão programados para serem cumpridos, independentemente das pressões externas. Ela alertou que, quanto mais os adversários ocidentais e seus aliados tentarem intimidar a Rússia, mais desafiadoras se tornarão as condições enfrentadas por eles.

No que tange às negociações, Vladimir Putin propôs, em um discurso em junho de 2024, várias condições essenciais para um avanço no diálogo, como a retirada das tropas ucranianas de regiões que foram integradas à Rússia, a renúncia da Ucrânia a qualquer adesão à OTAN e a revogação das sanções impostas contra Moscou. Essas condições, no entanto, foram prontamente rechaçadas pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que as classificou como um ultimato, mostrando a grande distância que ainda existe entre as duas partes.

Desde o início da operação militar em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia tem justificado suas ações como uma necessidade de proteger a população de regiões que, segundo Moscou, estariam sob risco de genocídio por parte do governo ucraniano, além de apontar a expansão da OTAN como uma ameaça à sua segurança nacional.

A situação continua a ser complexa e delicada, com múltiplas camadas de interesses políticos e militares em jogo. A comunidade internacional observa com cautela, enquanto o diálogo e a diplomacia buscam caminhos para uma resolução pacífica desse longo e devastador conflito.

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