Este reator representa um marco no desenvolvimento de sistemas nucleares de quarta geração. Os reatores rápidos, como o BREST-OD-300, têm a capacidade de utilizar subprodutos do ciclo do combustível, como o plutônio, e são projetados para produzir mais combustível do que consomem, ao mesmo tempo em que eliminam os resíduos mais ativos. Esse sistema é concebido para ser mais sustentável e menos dependente de recursos externos, abordando assim uma das principais preocupações da energia nuclear: a gestão de resíduos.
Cerca de 250 profissionais estão envolvidos nesse projeto, que consiste em três unidades integradas. Além da fábrica de combustível, o complexo abriga um reator BREST-OD-300 e uma unidade de reprocessamento de combustível irradiado, viabilizando um ciclo fechado e autossuficiente. “Esse desenvolvimento é crucial para elevar a eficiência e reduzir a geração de resíduos nucleares”, afirmou um representante da Rosatom.
Outra inovação significativa é a fabricação de um combustível misto denso, composto de nitreto de urânio e plutônio (MNUP). A Rosatom anunciou que a produção de mais de 200 conjuntos de MNUP está prevista antes do carregamento inicial no núcleo do reator. Essa tecnologia foi testada com sucesso em reatores anteriores, como o BOR-60 e o BN-600, validando sua eficácia e capacidade de operação.
A montagem dessa nova infraestrutura demonstra não apenas a liderança da Rosatom em inovações nucleares, mas também seu comprometimento com a segurança operacional, eficiência energética e sustentabilidade ambiental, aspectos cada vez mais relevantes na discussão global sobre energia. A expectativa é que o reator BREST-OD-300 funcione como um modelo para futuras desenvolvimentos no setor energético, provando que é possível harmonizar necessidade energética e responsabilidade ambiental.