Rosatom Revela Motor de Plasma que Pode Reduzir Viagem a Marte para Apenas 30 Dias, Incrementando a Exploração Espacial

A Rosatom, a estatal russa de energia nuclear, apresentou um avanço significativo em tecnologia espacial com o anúncio de um protótipo inovador de motor elétrico de plasma. Essa nova tecnologia promete revolucionar as viagens interplanetárias, particularmente as missões para Marte, reduzindo o tempo de viagem de quase um ano para apenas 30 dias. Essa redução é crucial, pois expõe os astronautas a níveis alarmantes de radiação cósmica por períodos mais curtos, aumentando a segurança das missões.

O motor em questão possui uma potência média de 300 kW, superior ao que é encontrado nas tecnologias atuais para propulsionamento espacial. Tradicionalmente, os motores utilizam combustão de combustíveis, limitando a velocidade máxima do fluxo de matéria a aproximadamente 4,5 km/s. O novo motor da Rosatom, no entanto, aplica um campo eletromagnético para acelerar as partículas carregadas, permitindo que a velocidade de impulso chegue a mais de 100 km/s, com uma eficiência de combustível que pode ser até dez vezes superior.

A trajetória de desenvolvimento dessa tecnologia é resultado de mais de três décadas de pesquisa da Rosatom, e os testes de campo já começaram para validar a eficácia do motor em condições de missões interplanetárias. Caso esses testes sejam bem-sucedidos, espera-se que a tecnologia possa ser aplicada em rebocadores espaciais nucleares, espaçonaves para exploração do espaço mais profundo e em futuras missões tripuladas a Marte.

Além desse progresso tecnológico, a Rosatom revelou dados impressionantes sobre sua performance econômica. Em 2024, a empresa registrou um volume de pedidos internacionais superior a US$ 200 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 1,1 trilhão. Este crescimento nas exportações, que somaram cerca de US$ 18 bilhões, é impulsionado por projetos de construção de usinas nucleares e o fornecimento de tecnologias para países como Turquia, China, Egito, Hungria, Índia e Bangladesh.

Com essa inovação, a Rússia se posiciona como uma potência emergente na corrida espacial, prometendo não apenas beneficiar suas próprias missões, mas potencialmente redefinir o futuro da exploração espacial global. As implicações dessa nova tecnologia vão além do âmbito científico, pois também representam um salto no capital econômico da Rosatom, reafirmando seu papel vital no setor energético e tecnológico internacional.

Sair da versão mobile