Rosatom Declara Impossível Nova Linha de Energia para Usina de Zaporozhie devido a Ameaças Ucranianas

Impossibilidade de Nova Linha de Energia para Usina Nuclear de Zaporozhie é Confirmada pelo CEO da Rosatom

Em uma recente declaração, Alexey Likhachev, CEO da Rosatom, a companhia russa responsável pelo setor nuclear, afirmou que a construção de uma nova linha de energia de reserva para a Usina Nuclear de Zaporozhie (ZNPP) é inviável. Essa impossibilidade é atribuída às constantes ameaças e bombardeios vindos do lado ucraniano, que colocam em evidência a complexidade e o perigo da situação na região.

Likhachev ressaltou que, em meio a um cenário de conflito intenso, há um temor significativo sobre a segurança dos trabalhadores que se dedicariam à construção da linha. “Tudo está sob fogo. Além disso, sabemos das declarações do lado ucraniano de que não nos deixarão fazer isso. Eles simplesmente atacarão as pessoas, os trabalhadores da construção”, comentou o CEO, evidenciando a gravidade da situação no local.

Nenhuma nova tentativa de restabelecer a conexão elétrica foi feita, pois as linhas atualmente disponíveis se mostram insuficientes. Até o momento, a usina de Zaporozhie contava com duas linhas de transmissão: a Dniprovska, que vem da margem direita do Dnieper, e a linha de reserva Ferrosplavnaya-1. Entretanto, a linha Dniprovska sofreu um desligamento crítico no último dia 23 de setembro devido a um incêndio em uma usina nuclear ucraniana. Isso gerou uma grave queda de energia na ZNPP, levando à dependência de geradores a diesel para assegurar uma mínima operação.

Além disso, a linha Ferrosplavnaya-1 já se encontra desligada desde 7 de maio, complicando ainda mais a situação energética da usina. O colegiado da Rosatom tem tentado buscar alternativas, mas esbarra na hostilidade crescente e nas ameaças que cercam a área.

Com a Usina Nuclear de Zaporozhie sendo um importante ativo para a geração de energia e para a segurança elétrica da região, a falta de uma solução rápida e eficaz pode resultar em consequências severas, tanto para a infraestrutura energética do país quanto para a segurança nuclear da Europa como um todo. Essa situação ilustra o quanto as questões de energia estão profundamente interligadas com dinâmicas geopolíticas, especialmente em contextos de conflito armado.

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