Rosatom, da Rússia, revela novo radioisótopo que promete revolucionar tratamento do câncer com maior eficácia e menor radiação para pacientes.

Cientistas da corporação estatal russa Rosatom fizeram um avanço significativo no campo da medicina nuclear ao dominarem a tecnologia para a produção do isótopo radioativo térbio-161. Este novo composto promete revolucionar o tratamento do câncer, aumentando a eficácia dos radiofármacos utilizados nas terapias. A descoberta foi anunciada recentemente e sinaliza um grande passo para a indústria médica na Rússia.

O térbio-161 é um isótopo que poderá ser utilizado na criação de uma nova geração de radiofármacos, com potencial para tratar uma variedade de tipos de câncer. O projeto já avançou a ponto de um lote de teste ter sido enviado para o Centro Científico de Radiologia e Tecnologias Cirúrgicas Granov, que faz parte do Ministério da Saúde da Rússia, localizado em São Petersburgo. Testes prévios indicam que a dosagem do térbio-161 pode ser até 1,5 vezes mais eficaz do que medicamentos similares à base de lutécio, o que representa uma esperança real para pacientes em tratamento.

Uma das principais vantagens do térbio-161 é a possibilidade de uma administração reduzida de radiofármacos, o que resulta em menor carga de radiação total ao paciente e minimiza a irradiação de órgãos e tecidos saudáveis. Essa característica é fundamental para mitigar os efeitos colaterais frequentemente associados a tratamentos de câncer, que podem ser severos em alguns casos.

Além disso, os pesquisadores da Rosatom estão explorando outras aplicações para o térbio-161, cujas propriedades físico-químicas e espectro de radiação permitem a expectativa de desenvolvimento de novos radiofármacos. A capacidade de criar terapias de alta precisão é especialmente promissora para o tratamento de diversos tipos de tumores malignos e outras patologias que exigem intervenções radioterápicas.

O setor nuclear russo já é reconhecido por produzir uma diversidade significativa de isótopos radioativos e estáveis para uso médico, atendendo mais de 2,5 milhões de pacientes anualmente em todo o globo. Essa nova descoberta pode não apenas expandir essa capacidade, mas também melhorar as taxas de sobrevivência e qualidade de vida dos pacientes oncológicos ao redor do mundo. Com os avanços contínuos na ciência nuclear, a esperança se renova para todos aqueles que lutam contra o câncer.

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