Ney e Cazuza se conheceram em 1979. Na época, Cazuza contava apenas 17 anos enquanto Ney, com 39, já era uma figura consolidada na cena musical brasileira, famoso por seu trabalho com a banda Secos e Molhados. O relacionamento, que durou cerca de três meses, foi uma experiência marcante para ambos, apesar da diferença de idade e da intensa vida pública que levavam.
Recentemente, Ney compartilhou memórias dessa época, destacando a complexidade da personalidade de Cazuza. Para Ney, essa relação era marcada por contrastes: enquanto Cazuza se apresentava ao público como uma figura rebelde e hiperativa, muitas vezes consumindo álcool e drogas, em momentos íntimos, ele se mostrava como uma pessoa sensível e encantadora. Ney relembra com carinho: “Fui completamente apaixonado, mas era difícil conviver com os dois Cazuzas que havia nele.”
Essa descrição revela não apenas a dualidade do cantor, mas também as tensões que muitas vezes permeiam a vida de artistas em ascensão. O impacto duradouro desse romance e sua reverberação nas vidas de ambos é um reflexo da efemeridade das relações amorosas no meio musical, onde as pressões externas podem interferir significativamente nas dinâmicas pessoais.
Assim, o relato de Ney sobre sua relação com Cazuza não é apenas uma lembrança de um amor jovem e intenso, mas também um testemunho das complexidades emocionais enfrentadas por pessoas que vivem sob os holofotes. A redescoberta desse capítulo na vida de Ney Matogrosso, impulsionada pelo novo documentário, serve como um lembrete do impacto que o amor e as conexões humanas têm, mesmo por um curto período, na formação das identidades artísticas e pessoais.