Duterte, que governou as Filipinas de 2016 a 2022, desembarcou em Manila após um voo de Hong Kong, especificamente no voo CX 907 da Cathay Pacific. Após sua chegada, o procurador-geral filipino notificou o TPI sobre a execução do mandado de prisão. De acordo com informações oficiais, tanto Duterte quanto os membros de sua comitiva estão em boas condições de saúde e foram examinados por médicos do governo logo após a detenção. Os policiais que executaram a ordem de prisão documentaram a ação através de câmeras corporais, um procedimento adequado para garantir a transparência e a legalidade da operação.
O ex-presidente se tornou uma figura divisiva tanto dentro quanto fora de seu país, com suas políticas duras de combate ao tráfico de drogas atraindo severas críticas de defensores dos direitos humanos. Durante seu tempo no cargo, Duterte foi fortemente criticado por grupos humanitários, que afirmam que sua abordagem desencadeou um ciclo de violência e violação dos direitos fundamentais.
A prisão de Duterte representa um marco importante não apenas na política filipina, mas também na esfera internacional, onde o TPI busca responsabilizar líderes por atos que vão contra as normas de direitos humanos. O desdobramento desse caso poderá influenciar o futuro político do país e a postura das autoridades filipinas em relação a políticas relacionadas ao combate ao crime, especialmente em um contexto onde os direitos humanos parecem estar em conflito com as estratégias de segurança.
Diante desse cenário, as repercussões da prisão de Duterte são amplas, trazendo à tona discussões sobre prevalência de direitos humanos em contextos de segurança nacional e a responsabilidade dos líderes em relação à proteção dos seus cidadãos. A detenção de Duterte poderá ainda impulsionar um debate renovado sobre a eficácia e a moralidade das suas políticas de governo durante seu mandato.
