Diante dessa situação, a Polícia Federal utilizou a tecnologia do scanner 3D para reconstituir a cena do crime. Segundo Bruno Pitanga, perito criminal da PF, a digitalização do local e dos veículos envolvidos permitiu uma minuciosa investigação, mesmo após a remoção da viatura alvejada. Com a reconstrução digital, foi possível determinar que um dos tiros que atingiu o carro da esposa de Jefferson partiu da própria residência do ex-deputado, desmentindo sua versão inicial.
Além das tentativas de homicídio contra os policiais, Jefferson também foi responsabilizado pelo disparo contra a casa vizinha. Mais de 50 tiros e três granadas foram lançadas pelo ex-deputado, causando danos severos na viatura e ferimentos graves em um dos agentes. A perícia ainda analisou os estilhaços das granadas modificadas, que continham pregos acoplados para aumentar seu poder letal.
Para reproduzir o impacto das granadas modificadas, os peritos realizaram testes com explosivos semelhantes e registraram a detonação em câmera de alta velocidade. Os resultados mostraram que os fragmentos atingiram velocidades acima de 280 km/h, evidenciando o potencial letal desses artefatos. A energia cinética liberada durante a explosão poderia causar ferimentos graves ou até mesmo a morte, dependendo da área atingida no corpo.
O ataque de Roberto Jefferson à Polícia Federal permanece como um episódio marcante de violência e desrespeito institucional, que resultou em graves consequências para as vítimas e para o próprio autor. A investigação detalhada e a utilização de tecnologia avançada foram essenciais para esclarecer os fatos e buscar a responsabilização do ex-deputado perante a justiça.
