Documentos da própria Braskem, enviados à Agência Nacional de Mineração (ANM) em fevereiro, revelam que duas das minas de sal-gema, que hoje possuem cavernas fora da camada de sal no subterrâneo, estão em constante aumento de volume e se movendo verticalmente em direção à superfície do bairro. Essa atualização se deu após o ocorrido com a Mina 18, que dolinou dentro da Lagoa Mundaú em dezembro passado.
A situação mais crítica é na Mina 03, localizada a cerca de 250 metros do ponto mais isolado da área de mineração na região da antiga Praça Lucena Maranhão. Os exames de sonar mostraram que a caverna formada por essa mina está aumentando de volume e se aproximando cada vez mais da superfície. Desde agosto do ano passado, a cavidade aumentou seu volume e subiu mais de 3 metros em direção à superfície, estando agora a 695 metros de profundidade.
Especialistas consultados pela reportagem destacaram que a mudança na geometria da caverna, com o topo ficando cada vez mais largo, pode acelerar o processo de desmoronamento e aumentar o risco de dolinamento natural. Além disso, a Mina 25, situada nos fundos do antigo prédio sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTEAL), é outra preocupação, estando a apenas 354 metros da superfície.
Os trabalhos de monitoramento e contenção dessas minas estão sendo acompanhados de perto pelas autoridades competentes, pois o risco à população e ao meio ambiente é evidente. A Braskem e a ANM estão em constante comunicação para garantir a segurança da região e evitar novas tragédias como a ocorrida com a Mina 18. A população local permanece em alerta e cobra medidas efetivas para mitigar os riscos representados por essas crateras eminência de desmoronamento.