Klester, que foi preso e torturado durante o regime de Bashar al-Assad, teme que a Síria possa se tornar um estado islâmico sob a liderança de al-Julani. Segundo ele, a imposição de leis islâmicas e restrições à liberdade das mulheres e às minorias étnicas e religiosas correm o risco de se concretizar.
O novo presidente, que lidera o grupo terrorista Hayat Tharir al-Sham (HTS), tenta se desvincular de sua imagem passada como combatente radical do ISIS e promete uma “unidade nacional” que respeite os direitos humanos. No entanto, para Klester, as raízes na Al-Qaeda e as declarações anteriores de al-Julani sobre a vitória da nação islâmica levantam preocupações sobre o futuro do país.
A escalada de violência na Síria nas últimas semanas tem sido motivo de preocupação para a comunidade internacional. Confrontos entre apoiadores do antigo regime alauíta de al-Assad e forças do novo governo têm resultado em mortes e ataques a civis. A acusação de limpeza étnica por parte do governo evidencia a fragilidade da situação no país.
Diante desse cenário incerto, o presidente interino al-Julani afirmou a necessidade de preservar a unidade nacional e a paz civil, prometendo investigar a onda de violência e punir os responsáveis. No entanto, as dúvidas e temores expressos por Klester Cavalcanti refletem a desconfiança e a incerteza em relação ao futuro da Síria sob o novo governo.
Com a esperança de que suas preocupações sejam infundadas, Klester aguarda para ver se a Síria conseguirá manter a coexistência pacífica entre diferentes grupos étnicos e religiosos em meio à turbulência política e social que assola o país.